terça-feira, 1 de novembro de 2016

Situação de Alerta Espacial: Defesa Contra Asteroides

A ESA (European Space Agency) possui uma operação chamada Space Situation Awareness, que encontra, cataloga e monitora asteroides em possível rota de colisão com a Terra. Apesar de parecer coisa de filme, o trabalho é sério e o perigo é estatisticamente provável.

Imagem: Alex Alishevskikh CC BY-SA 2.0 via http://www.flickr.com/photos/alexeya/


A Terra tem sido bombardeada com asteroides desde sua formação. A teoria aceita sobre a formação da Lua ter sido uma porção da massa da Terra arrancada por uma colisão com um astro do tamanho de Marte (hipótese do grande impacto, ou Big Splash hypothesis). Além disso, em 2004, Edward Belbruno e J. RichardGott III, ambos da Universidade de Princeton publicaram um artigo intitulado Where Did The Moon Come From? (De Onde Veio a Lua?). Nele, mostram como um astro com o tamanho parecido com o de Marte colide com a Terra, demonstrando como sua órbita seria perturbada, deixando-a caótica e causando a colisão.

Imagem: Dana Berry/SwRI


A história da Lua com a Terra ilustra um cenário que muito provavelmente ocorreu e que pode se repitir, visto que a ESA possui catalogadas até outubro de 2016 mais de 15 mil rochas espaciais. E o número não para de crescer (em 2013 era de 10 mil). Esses objetos são classificados como NEO (do inglês, Near-Erath Objects). Eles possuem diâmetros entre metros até dezenas de quilômetros, e suas órbitas se aproximam à da Terra, fazendo com que sejam um risco real, justificando a operação.
Apesar de a taxa de descoberta ter subido nos últimos anos (chegando a uma média de 30 descobertas por semana), resultando no número já citado, a população de NEOs é bem maior que 15 mil, com mais de 700 mil asteroides conhecidos em nosso sistema solar. E, segundo a ESA, há uma década atrás acreditavam ter classificado 90% dos NEOs até 100m de largura, mas agora sabem que foram apenas 10% destes e menos de 1% dos asteroides de 40m.
Há pouca chance, porém, dentre os NEOs classificados oferecerem algum risco real à Terra nos próximos 40 anos, como o que passou a 34 mil km da Terra, ao alcance de satélites de telecomunicações. O que leva parte dos esforços aos estudos de suas órbitas exóticas, ajudando a entender melhor nosso sistema solar.
ESA está desenvolvendo um novo grupo de telescópios para encontrar e monitorar NEOs, preparados para iniciar as operações em 2018, no Chile.


Fonte:

http://www.esa.int/Our_Activities/Operations/Space_Situational_Awareness/15_000_space_rocks_and_counting

http://edbelbruno.com/wp-content/uploads/2016/01/Belbruno-Origin_of_the_Moon2005.pdf

Acesso em 01/11/2016


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