sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nasa adia para maio missão de manutenção do Hubble

A Nasa adiou para 12 de maio o envio do ônibus espacial Atlantis para missão de manutenção do telescópio Hubble, informou a agência espacial americana. O lançamento estava previsto inicialmente para outubro deste ano, mas a unidade que coleta e envia dados à Terra a partir do Hubble estava defeituosa, pelo que os engenheiros ainda trabalham numa peça de reposição, segundo um comunicado.

Essa missão será a última a ser enviada ao Hubble, que será substituído em 2013 por outro telescópio espacial altamente sofisticado. Lançado ao espaço há 18 anos, o Hubble revolucionou a astronomia ao permitir esquadrinhar mais profundamente o universo, sem as distorções da atmosfera terrestre e está em órbita a 575 km da Terra.
Fonte: Diário do Grande ABC

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dia Nacional da Astronomia

Ontem (02/dez) foi o dia da astronomia no Brasil. A data é uma homenagem ao patrono da astronomia em nosso país: Dom Pedro II. O imperador foi um grande entusiasta e maior incentivador de ciências e especialmente astronomia dentre os estadistas brasileiros.

Coincidentemente, nesta ocasião os planetas vênus e júpiter, que se encontram bem próximos (em conjunção) são cruzados pela Lua, formando uma tripla conjunção. O fenômeno tem seu início no dia 30/11 e termina no dia 02/12 com a Lua. Sem a Lua a conjunção entre os planetas persiste até por volta do dia 10/12, onde Mercúrio se aproxima de Júpiter e uma nova tripla conjunção acontece, desta vez com Mercúrio no lugar de Vênus no entardecer dos dias 28 e 29/dez.




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Astronomia no Brasil

Pesquisa de relevância é um sonho de astrônomos no Brasil. A discrepância de vermos noticiados resultados importantes de cientistas brasileiros se restringe a área médica (apenas um exemplo: Cientistas da USP criam primeiras células-tronco embrionárias brasileiras). Por aqui observatórios que poderiam render mais são freados pela localização inadequada. O LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica), cuja sede é em Itajubá - sul de Minas Gerais, possui seu subordinado observatório a 37 km de distância da sede, entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, chamado de Observatório Pico dos Dias. Acontece que esta região é chuvosa demais para possibilitar muitos dias de observações contínuas, atrapalhando a consistência ou até mesmo inutilizando dados de observações. Naturalmente não há interesse político na implantação de centros de pesquisa na área das ciências físicas por falta de apelo popular e resultados imediatistas. Por isso os pesquisadores e incentivadores da astronomia, especificamente, têm de se contentar com poucos minutos de observação em grandes telescópios bem localizados. Estes observatórios construídos nos últimos anos no deserto chileno em sua maioria, foram financiados por consórcios entre vários países incluindo o Brasil (o SOAR é onde temos maior participação e o GEMINI é o maior telescópio).

Para se mudar algo e melhorar nossa relevância internacional nas pesquisas físicas necessitamos de um plano de ataque cujo alvo sejam as crianças (ou seja, nada de imediatismo). Só elas podem ser afetadas para que algo se torne comum em suas vidas naturalmente, assim como aparatos tecnológicos os são comuns, a ciência também pode. Naturalmente algo do dia a dia delas deveria fazer parte da mudança e se acostumar com a ciência também, como por exemplo a TV. Mas convenhamos que isso seria praticamente impossível, tendo em vista que a TV visa lucro com anúncios e imaginam que seus telespectadores preferem não pensar. Portanto quando a população pedir ciência eles darão. Mas o inverso é praticamente impossível.

Grupos amadores de astronomia deveriam sensibilizar as prefeituras de suas cidades para a construção de pequenos observatórios, que possuem baixo custo e podem criar um ponto turístico. Em cidades pequenas professores de física e matemática aposentados poderiam se responsabilisar pelo observatório. Em cidades grandes professores e pesquisadores da área poderiam fazê-lo. Com este pequeno poderio seremos capaz de instigar, incentivar e duvilgar o conhecimento para todos e as boas conseqüências serão inevitáveis.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sol pode viajar pela Via Láctea

Jornal do Brasil

NOVA YORK - A antiga teoria de que as estrelas migram é sustentada num novo estudo publicado na revista Astrophysical. Segundo a pesquisa, cerca da metade das estrelas em nossa vizinhança celestial podem ter viajado longas distâncias pela Via Láctea, e o Sol pode ser uma delas.

Em simulações computadorizadas de uma galáxia hipotética semelhante à Via Láctea, em prazo de 10 bilhões de anos, o diretor científico do estudo, Rok Roskar, constatou que, sob as condições corretas, um braço em espiral da galáxia poderia arremessar uma estrela a uma órbita circular mais ou menos ampla.

– As pessoas presumem que assim que uma estrela se forma no interior de um disco galáctico, ela se mantém em órbita mais ou menos fixa em torno de sua galáxia. A realidade pode ser bem mais complicada e interessante que isso – afirmou Roskar, estudante de pós-graduação em astronomia na Universidade de Washington, em Seattle.

A simulação, que demandou mais de 100 mil horas de uso de computador, sustenta a teoria de que as estrelas migram, uma idéia já antes sugerida, segundo Roskar.

– As estrelas podem se mover na direção do centro da galáxia ou para a periferia, enquanto mantêm uma órbita circular.

E existe uma chance de 50% de que o nosso Sol tenha feito isso, de acordo com a simulação. A pesquisa também sugeriu que cerca da metade das estrelas em um raio de 130 anos-luz de nosso Sol fizeram viagens galácticas como essas.

As estrelas são feitas de metais pesados e materiais que elas extraem de seu ambiente ao nascer. O conhecimento convencional dispõe que os ingredientes das estrelas – medidas por espectrógrafos ou análise cromática – nos informam sobre a região galáctica onde uma estrela foi formada.

Mas caso as constatações da equipe de Roskar sejam verdadeiras, as estrelas não necessariamente se originariam no local em que foram observadas, o que tornaria difícil a análise de regiões galácticas com base na composição dos astros. Para Roskar, as constatações “oferecem uma explicação interessante” para a variação em composição química de estrelas.

O astrônomo da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, Jerry Sellwood, que estudou a migração de estrelas, afirma que os resultados de Roskar ajudam a deitar luz sobre aspectos anteriormente intrigantes.

– Esse é um trabalho que altera algumas de nossas idéias básicas sobre como podemos compreender a história da Via Láctea, com base no estudo daquilo que vemos hoje.

[00:31] - 01/10/2008

Cientistas detectam vestígios de colisão entre planetas


SÃO PAULO - Dois planetas semelhantes à, em órbita de uma estrela parecida com o Sol, a cerca de 300 anos-luz, sofreram uma violenta colisão em tempos recentes, dizem astrônomos americanos em artigo que será publicado na edição de dezembro do Astrophysical Journal.

"É como se a Terra e Vênus tivessem colidido um com o outro", disse um dos autores do trabalho, Benjamin Zuckerman, da Universidade da Califórnia, Los Angeles. "Astrônomos nunca tinham visto algo assim antes. Aparentemente, granedes colisões catastróficas podem ocorrer em sistema s solares maduros".

"Se houvesse algo em qualquer um dos planetas, a colisão maciça teria varrido tudo em questão de minutos... a extinção definitiva", diz o co-autor Gregory Henry, da Universidade estadual do Tennessee. "Um disco de poeira emissora de raios infravermelhos ao redor da estrela é a testemunha silenciosa do evento".


Zuckerman, Henry and Michael Muno, um astrônomo que na época da pesquisa atuava no Instituto de Tecnologia da Califórnia, estavam estudando a estrela BD+20 307, cercada por uma quantidade de poeira 1 milhão de vezes maior que a circunda o Sol.

"Esperávamos ver que BD+20 307 era uma estrela jovem, com poucos milhões de anos, e a poeira marcaria os estágios finais da formação do sistema planetário", disse Muno.

Essas expectativas se frustraram, no entanto, quando a astrônoma Alycia Weinberger anunciou que BD+20 307 era uma estrela binária - duas estrelas girando em torno de um centro comum.

Novos dados revelaram que as estrelas que compõem o par são muito semelhantes em tamanho, composição e massa ao Sol. Os cientistas explicam que a colisão entre os planetas não foi observada diretamente, mas deduzida a partir da idade das estrelas e do fato de a nuvem de poeira estar a uma distância do par semelhante á que separa o Sol da Terra e Vênus. Se a hipótese estiver correta, esse também representa o primeiro sinal de planetas em torno de uma estrela binária.

Os pesquisadores envolvidos no estudo lembram que simulações da estabilidade do Sistema Solar não descartam a possibilidade de uma colisão de Mercúrio com a Terra ou Vênus, numa escala de bilhões de anos.

Zuckerman lembra que a teoria predominante para a origem da Lua envolve a colisão da Terra com uma massa planetária no passado.

CIENTISTA BRASILEIRA É PREMIADA NA ITÁLIA POR ESTUDO SOBRE AS ESTRELAS

TRIESTE, 29 SET (ANSA) - A astrofísica brasileira Beatriz Barbury, professora titular do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo, recebeu o prêmio "Triste Science Prize", instituído pela Academia de Ciência para os Países em Desenvolvimento (TWAS) e a empresa de café Illycaffé.
O prêmio, que foi entregue hoje na cidade italiana de Trieste, é de US$ 100 mil e está destinado aos cientistas que vivem e trabalham no hemisfério sul.
Beatriz Barbuy, foi premiada por sua contribuição nos estudos da evolução da composição química das estrelas.
Outro cientista premiado foi o engenheiro indiano Roddan Narasimba, presidente do Engineering Mechanics Unit no Jawaharlal Nehru Centre for Advanced Scientific Research, em Bangalore.
Narasimba recebeu o prêmio por sua contribuição nas pesquisas sobre os efeitos da turbulência na tecnologia aeroespacial e nas ciências atmosféricas. (ANSA)

29/09/2008 12:58

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Razão focal

Conhecida como f/d, a razão focal é nada mais que a distância focal da objetiva pelo diâmetro da mesma. Se o espelho de um telescópio possui 150mm de diâmetro e 1250mm de distância focal, a razão focal será de aproximadamente 8,3. Mas o que significa esse número é o que importa.

Razões menores são de melhor proveito para observações do céu profundo, como nebulosas e galáxias. Já razões muito maiores com dezenas de metros são destinadas exclusivamente para observação solar.

O ideal para o iniciante é ter um aparelho versátil, portanto algo em torno de f/d = 11. Com essa razão é possível aproveitar o céu profundo, lua e planetas com boa qualidade.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Sorteio de uma luneta neste Sábado!

Neste sábado, 24/05, haverá mais um "Na Rua de Olho pra Lua", evento do GEDAL em parceria com o MCTL(Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina). O evento será realizado, como de costume, na praça Nishinomyia (em frente ao aeroporto) e contará com alguns telescópios dos membros do GEDAL disponíveis para o público, além das atividades do MCTL com experimentos de física e química. Nos telescópios serão observados principalmente saturno com seu magnífico sistema de anéis e a lua, com suas crateras e relevos. E, entre os telescópios e os experimentos, palestras e vídeos com temas relacionados a astronomia serão exibidos.

Uma atração a mais será feita neste "Na Rua de Olho pra Lua": o sorteio de um telescópio caseiro feito por mim. Porém, infelizmente não estarei presente, mas qualquer dúvida sobre a luneta, seja sobre a construção ou sua utilização, me enviem comentários ou e-mail's.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conjunção entre a Lua e Júpiter - Observação mo BREU

Neste sábado, 26 de abril, um fenômeno chamado "conjunção" poderá ser observado no céu de Londrina. Uma conjunção ocorre quando, do ponto de vista do observador, dois corpos celestes (A e B) ficam, coincidentemente, numa mesma região do céu que, neste caso, A e B serão a Lua e Júpiter. E, com membros do GEDAL para auxiliar as observações, elas ficam ainda mais proveitosas.

A partir das 21 horas os membros do GEDAL estarão reunidos no B.R.E.U. (Base Reservada para Estudos do Universo) alguns telescópios para a observação deste fenônomeno, além de marte, saturno, várias nebulosas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa) e aglomerados (http://pt.wikipedia.org/wiki/Aglomerado_estelar). O GEDAL pede para quem possuir telescópios, lunetas ou binóculos para que levem seus instrumentos para o B.R.E.U. para compartilhar e para instruir na sua utilização, se for o caso.

Para quem não sabe ir ao B.R.E.U. , o caminho é fácil: siga pela Av. Salgado Filho (atrás do Aeroporto de Londrina) e, a partir do Tiro de Guerra, conte 11,7km. Ao final do trecho asfaltado da Estrada do Limoeiro, a estrada que é bem estreita forma uma espécie de “balão”, utilizado pelos ônibus de transporte coletivo para fazer o “retorno”. É justamente neste “balão” onde montamos os equipamentos. Depois deste local, a estrada se divide em duas, ambas de terra.

terça-feira, 22 de abril de 2008

São Pedro não ajudou...

Nos últimos dois eventos do GEDAL (Grupo de Estudos e Divulgação de Astronomia de Londrina) a chuva marcou presença, espantando o público e cancelando os eventos.

O primeiro foi no sábado 11/04/2008 no qual seria realizado a 2ª Noite Internacional de Astronomia de Calçada, evento idealizado em homenagem ao astrônomo amador John Dobson, que fundou o Sidewalk Astronomers (astrônomos de calçada), cujo objetivo era popularizar a astronomia.
Ficamos alguns membros do GEDAL na praça nishinomiya (local do evento) durante aproximadamente uma hora caso aparecesse alguém. E apareceram algumas pessoas para conferir se o evento seria realizado ou não. Conversamos um pouco sobre o evento e tiramos algumas dúvidas sobre astronomia com essas pessoas.

O segundo foi no sábado 19/04/2008, evento mensal do Na Rua de Olho pra Lua no qual seria sorteado uma luneta com lente de óculos com um tripé de madeira, além dos já habituais sorteios de brindes da NASA e da ESA.
Ficamos também durante algum tempo e algumas pessoas vieram confeir. Uma delas até trouxe um pequeno refrator. Conseguiram ver a Lua por alguns instantes, mas o evento em si não ocorreu mais uma vez.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Para construir uma luneta caseira

Saudações Astronômicas!

Finalmente vou postar algo sobre a construção desses pequenos instrumentos que, para muitos, podem ser as portas para um novo e incomensurável universo! Nesses posts sobre a trajetória completa sobre a construção de uma luneta astronômica serão expostos vários aspectos que orbitam a luneta de baixo custo, tais como finalidades, os materiais empregados e onde encontrá-los no comércio, uso e aplicações, entre outros.

Para começar, vamos falar sobre do que é feito este instrumento. A luneta caseira é constituída de uma lente objetiva (lente que capta a luz) feita numa óptica comum; canos de esgoto, um monóculo de fotografia ou uma lente de máquina fotográfica para usar como ocular (onde se vê a imagem). É isso, 2 lentes e canos, nada mais.

Percepção

Com ela, pessoa que a construiu, se não tiver conhecimento algum sobre o céu noturno e astronomia, não vai estar fazendo as coisas do modo correto. Mas por que? Por quê uma pessoa sem conhecimentos prévios de astronomia e uma experiência básica observacional não iria se maravilhar com o que exite do outro lado da porta para o novo universo? Simplesmente porque para poder se maravilhar é preciso saber o que se está vendo para entender e, somente assim, conquistar um nível a mais de percepção. Quando se consegue subir este primeiro nível, uma de euforia incontrolável nos toma as emoções.

Antes de construir

E como, então, alguém pode alcançar tal nível de percepção com poucos recursos? E mais, compartilhar com outras pessoas? A resposta possui 2 caminhos: Se você conhece ou ouviu falar de alguém já iniciado na observação astronômica, vá atrás dessa pessoa. Pergunte a ela sobre referências na área observacional e observe o céu noturno junto com essa pessoa (quanto mais pessoas, melhor!).
Agora, se você não conhece e muito menos ouviu falar de alguém que tenha um mínimo de conhecimento sobre astronomia, então mãos à obra! Você terá que descobrir o universo sozinho! Mas não se preocupe, nada que um livro, uma carta não resolvam.
No caso do livro, procure por introdução a astronomia observacional ou astronomia amadora. Uma indicação pessoal é o "Manula do Astrônomo Amador", de Jean Nicolini (http://books.google.com.br/books?id=40pEAAAACAAJ&dq=manual+do+astr%C3%B4nomo+amador).
Bom, depois do livro a carta. Esta carta é uma carta celeste, mas que pode ser substituída por um planisfério (http://www.if.ufrgs.br/~fatima/planisferio/planisferio.html), que é muito mais fácil para o iniciante que uma carta.
Com um conhecimento prévio e um planisfério em mãos, é só praticar as observações e continuar lendo sobre o assunto em revistas e na internet.
Depois de passar por estas etapas, a aquisição de um binóculo é indicada e, posteriormente de um telescópio de pequeno porte (lembrando que a luneta é uma alternativa ao binóculo ou instrumento didático para crianças e adolescentes).

Sonda detecta anel em Rea, lua de Saturno

Um grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural. A segunda maior lua de Saturno, Rea, deve possuir o tipo de formação que existe em maior escala no próprio planeta em torno da qual ela gira.

Os cientistas, que fizeram a descoberta analisando imagens recolhidas pela sonda americana Cassini, da Nasa, publicam hoje um estudo sobre o achado na revista americana "Science" (http://www.sciencemag.org/). Os autores afirmam que o trabalho ajudará a entender melhor como os planetas se formam. Os quatro maiores planetas do Sistema Solar -Júpiter, Saturno, Urano e Netuno- têm anéis, e a Terra provavelmente teve os seus antes de adquirir a Lua tal qual a conhecemos.

Grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural de Saturno
"Todos os planetas, quando estavam sendo formados, provavelmente tiveram anéis em diferentes momentos", diz Geraint Jones, astrônomo da Sociedade Max Planck, da Alemanha, um dos autores do novo estudo. "É fascinante achar um possível [anel] que ainda existe nos nossos dias em um corpo pequeno como Rea."

Segundo o pesquisador, a característica dessa lua que denunciou a provável presença de anéis foi o fato de a Cassini não ter conseguido detectar muitos elétrons ao seu redor.

Rea fica dentro do campo magnético produzido por Saturno, que aprisiona elétrons e íons (partículas eletricamente carregadas). Por causa disso, os pesquisadores esperavam ver um rastro de elétrons perto da superfície da lua, à medida que ela os fosse absorvendo. Mas não foi o que aconteceu.

Os elétrons, afirmam os cientistas, desapareciam muito aquém do esperado, como se algo os estivesse bloqueando. Um anel de poeira e pedregulhos é a explicação mais plausível para o fenômeno, diz Jones.

"Há evidência de que algo está absorvendo elétrons ao redor dessa lua", diz o astrônomo.
"Um disco de fragmentos ao redor dessa lua é a explicação mais simples que podemos obter e que se encaixa nos dados que nós temos."

O anel provavelmente se formou quando um corpo menor se chocou com Rea. O impacto teria levantado uma trilha de escombros que começou a orbitar a lua, diz Iannis Dandouras, cientista planetário no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) da França, que também assina o estudo na "Science".

terça-feira, 4 de março de 2008

Júpiter, Luneta e Atmosfera

Saudações!

Terça-Feira, 04/03 => Observação de Júpiter entre 05:35 e 05:45h. Não fosse o espalhamento da luz do Sol pela atmosfera terrestre, talvez eu tivesse visto alguma das luas do gigante gasoso. Talvez meus olhos estivessem ofuscados pela poluição luminosa, não sei. Ou pode simplesmente não ser possível enxergar alguma das luas jupiterianas com este refrato caseiro. O fato é que para um posterior teste precisarei de um local mais escuro, longe da poluição luminosa das cidades, para tirar alguma conclusão definitiva.
Vênus ainda não foi possível enxergar devido a minha localização. Existem construções obstruindo a visão.
No mais, os testes para este refletor estão suspensas para planetas, porém continuarei com outras nebulosas e aglomerados.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Testes com Luneta caseira II

Segunda-Feira 03/03 => Observação de Saturno entre 22:35 e 23h. Os anéis foram perfeitamente visíveis com o refrator cuja graduação da lente mede 0,75. Com uma ocular de distância focal de 4cm e outra de 2cm, ambas serviram bem. Embora a de 4cm seja de melhor qualidade, a maior aproximação da outra resultou numa imagem mais satisfatória (ambas são lentes de máquinas fotográficas). Lembrando que Saturno se encontra na constelação de Leão.

O próximo teste para a Luneta caseira será Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com esta observação pretendo ver suas 4 maiores luas. Júpiter se encontra na constelação de Sagitário.

sábado, 1 de março de 2008

Testes com Luneta caseira

Saudações astronômicas!

Na noite de sábado 01/03 realizei obervações de Saturno entre 22 e 23 horas. A luneta utilizada foi a de objetiva cuja graduação é de 0,75. A imagem do gigante gasoso foi o esperado para mim: uma pequena esfera amarelada com um sutil anel em volta. No entanto é preciso paciência para conseguir enxergá-lo com perfeição. Devido à aberração cromática, somente em alguns pontos da ocular consegue-se vê-lo com um mínimo de aberração.

Também observei Marte, porém sem muitas expectativas. E elas estavam corretas: a ocular somente revelou um ponto avermelhado deformado pela aberração cromática.

Terminei a noite com um olhadela na nebulosa de Órion e a visão foi a melhor possível devido ao grande campo de visão da ocular utilizada.

A conclusão a que cheguei é de que para um observador iniciante e empolgado que construiu seu próprio aparelho, a visão mesmo que sutil dos anéis de Saturno é orgasmática. Porém para um não iniciado crédulo, a Lua é sem dúvida a única opção.

Em breve postarei observações com Vênus e Júpiter, que somente estão aparecendo pela manhã.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Hipótese de novo planeta recebida com cautela

A hipótese da existência de mais um planeta no Sistema Solar, divulgada quinta-feira no Japão, é encarada com interesse cauteloso por um astrónomo português especializado nesta área de investigação.

Nuno Peixinho, que pertence ao Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra, disse hoje à agência Lusa que a teoria «não é perfeita», mas «é interessante e não pode ser rejeitada com base nos dados actuais da observação».

Este cientista trabalha actualmente no Instituto de Astronomia da Universidade do Havai (EUA), onde faz pós-doutoramento, tendo como área de especialização os pequenos corpos do Sistema Solar exterior, nomeadamente a Cintura de Kuiper, objectos trans-neptunianos, centauros, planetas anões exteriores e famílias associadas.

Também a fazer investigação pós-doutoral em Astronomia naquela universidade norte-americana está outro cientista português, Pedro Lacerda, igualmente do Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra, que estuda em particular as propriedades físicas dos pequenos objectos do Sistema Solar.

Segundo Nuno Peixinho, a hipótese da existência de um planeta com cerca de metade da massa da Terra foi proposta pelo astrónomo brasileiro Patryk Sofia Lykawka, cujo trabalho conhece bem, em colaboração com o Professor japonês Tadashi Mukai (da Universidade de Kobe), seu orientador de tese, para explicar várias características já conhecidas da Cintura de Kuiper.

Esta «cintura» é uma região que circunda o Sistema Solar, para além da órbita de Neptuno, e que é habitada por centenas de milhar de objectos gelados, na sua maioria com tamanhos entre um e mil quilómetros de diâmetro, entre os quais se contam Plutão, descoberto em 1930, e Eris, ligeiramente maior e descoberto em 2005.

Na perspectiva de Lykawka, o suposto planeta terá cerca de metade da massa da Terra e a sua órbita será 100 vezes mais distante do Sol do que da Terra.

«Uma teoria só por si tem pouco valor científico até ser confirmada experimentalmente, e a teoria de Lykawka ainda terá de enfrentar os testes que ele próprio, corajosamente, propõe», diz Nuno Peixinho.

Com efeito, o estudo contém uma lista de previsões que poderão ser testadas através de observações nas próximas décadas.

«Infelizmente», considera o astrónomo português, «as previsões não são suficientemente precisas para que se possa apontar um telescópio para um determinado sítio, como aconteceu com Neptuno em 1846, e se veja se o planeta está lá».

Além disso, acrescenta, «mesmo na fase em que se encontra mais perto do Sol esse planeta brilhará menos que Plutão».

Segundo a teoria exposta quinta-feira no Japão, o novo planeta corresponderia à nova definição adoptada em 2006 pela União Astronómica Internacional (UAI), que exclui Plutão da categoria de planeta de pleno direito do sistema Solar.

O «planeta» estaria situado a 12.000 milhões de quilómetros da Terra e rodaria em torno do Sol numa órbita elíptica cada 1.000 anos, num plano inclinado de 20 a 40 graus, segundo cálculos realizados a partir de efeitos gravitacionais observados em Neptuno.

O estudo, com a chancela do Professor Tadashi Mukai, será publicado em Abril no Astronomical Journal, editado pela Sociedade Astronómica Americana.

Os oito planetas do Sistema Solar plenamente dignos desse nome são agora Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

No entanto, o novo «planeta» poderá ganhar o lugar perdido por Plutão no Sistema Solar se existir de facto, se for suficientemente maciço para se manter esférico devido à sua própria gravidade e se mantiver a sua órbita limpa de outros pequenos objectos, admite Nuno Peixinho.

Diário Digital / Lusa

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Telescópios refratores

Saudações astronômicas!

Bom, antes de falar sobre o que estou trabalhando no momento, vou discorrer brevemente o que realmente é um telescópio refrator.
Um telescópio refrator é formado por duas lentes: a objetiva e a ocular.
A primeira faz o papel da captação de luz, e quanto maior o diâmetro da objetiva, mais luz será captada. Mas isso não quer dizer que a qualidade aumentará também. Isso porque a luz difrata ao passar pelo material da qual a lente é feita. Ou seja, para melhorar a qualidade juntamente com o aumento do diâmetro da lente é preciso que o material da lente seja acromática, ou seja, não difratar a luz.
A segunda funciona como uma lente de aumento e é localizada no foco da objetiva.

Bom, agora que já disse algo sobre refratores vamos ao que estou fazendo com eles:
Eu pesquisei e construí, com materiais encontrados no comércio, 4 (quatro) refratores de baixo custo. Para quem quiser ver os detalhes de como construir uma entre em (http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/lunetacomlentedeoculos.htm)
Porém as minhas lunetas não possuem monóculos de fotografia como ocular, mas sim uma lente de máquina fotográfica com distância focal de 4 cm.
Bom, vamos as lunetas que construí: A primeira foi no primeiro semestre de 2007 com uma lente objetiva de 2 graus (sempre positiva) com 50mm de diâmetro, que resultam numa distância focal de 1/2 m. Isso significa que a lente ocular será posicionada a 0,5 m de distância da lente objetiva. Com ela, os tubos utilizados foram um tubo de esgoto marrom de 50 cm de comprimento e 50mm de diâmetro; e um tubo de esgoto branco de 40 cm de comprimento de 40mm de diâmetro.
Com este eu ainda não havia feito o tripé de madeira, portanto era difícil tirar algo com a imagem sempre tremendo um pouco. Mas ainda sim tirei bastante dele sem tripé. Consegui enxergar crateras na lua com facilidade, mas claramente este tamanho não é o mais indicado para impressionar alguém com a imagem da lua. Teoricamente ele aumentaria 12,5 vezes, mas não é o que realmente ocorre. Ainda não sei o porquê mas ocorre. Numa experiência para um trabalho para a faculdade realizei um teste para medir o real aumento da luneta e o resultado foi de um aumento de 6,2 vezes, ou seja, a metade. Portanto a Lua, com um tamanho aparente de 0,5º ficará com um tamanho aparente de 6,2 x 0,5 = 3,1º. Para entender o que significa esse 0,5º do tamanho aparente, estique um dos braços, cerre o punho e estique o dedo indicador para cima. O diâmetro da ponta do dedo é de aproximadamente 1º.

O segundo que fiz, usei uma graduação de 1º para a objetiva e portanto de 1m de distância focal. Com a mesma objetiva de 4cm de distância focal, o aumento teórico será de 100/4 = 25 vezes, lembrando que o aumento é a distância focal da objetiva dividido pela distância focal da ocular. E já que a experiência realizada por mim sugere que o aumento prático seja a metade do teórico, ele será de 12,2 aproximadamente (?).
Com este a impressão que se passa para alguém que esteja olhando pela primeira vez a Lua através de um telescópio é bem melhor, mas ainda pode ser melhor.
Com o terceiro o aumento foi superado pela falta de qualidade do sistema. A lente que utilizei foi de 0,5º com uma distância focal de 1/0,5 = 2m. Portanto o aumento teórico será de 200/4 = 50 vezes e o prático sugerido de 25 vezes (?). Com ele foi possível ver uma Lua bem maior, porém planetas e estrelas não devido a focalização. Ou seja, a baixa qualidade do sistema não permitiu a focalização.
Com o quarto usei uma graduação intermediária: 0,75º, com uma distância focal de 1/0,75 = 1,33m e aumento teórico de 133/4 = 33,25 vezes e prático de 16,6 vezes(?). Ainda não pude testá-lo devido ao tempo. Ele só ficou pronto anteontem e desde então o tempo tem estado nublado. Pretendo ver as 4 maiores Luas de Júpiter, verificar as fases de Vênus e talvez os anéis de Saturno.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Astronomia em 2008

Saudações astronômicas a todos os amantes de astronomia e também aos "curiosos" e sejam bem-vindos a este bolg dedicado a esta ciência magnífica. Nele, postarei principalmente minhas experiências como astrônomo amador, tais como a construção de lunetas de baixo custo e telescópios refletores e as observações solitárias ou com o Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina (GEDAL). Por enquanto estou sem tempo para construir um refletor, mas com os refratores estou avançando nas pesquisas.