sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Astronomia no Brasil

Pesquisa de relevância é um sonho de astrônomos no Brasil. A discrepância de vermos noticiados resultados importantes de cientistas brasileiros se restringe a área médica (apenas um exemplo: Cientistas da USP criam primeiras células-tronco embrionárias brasileiras). Por aqui observatórios que poderiam render mais são freados pela localização inadequada. O LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica), cuja sede é em Itajubá - sul de Minas Gerais, possui seu subordinado observatório a 37 km de distância da sede, entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, chamado de Observatório Pico dos Dias. Acontece que esta região é chuvosa demais para possibilitar muitos dias de observações contínuas, atrapalhando a consistência ou até mesmo inutilizando dados de observações. Naturalmente não há interesse político na implantação de centros de pesquisa na área das ciências físicas por falta de apelo popular e resultados imediatistas. Por isso os pesquisadores e incentivadores da astronomia, especificamente, têm de se contentar com poucos minutos de observação em grandes telescópios bem localizados. Estes observatórios construídos nos últimos anos no deserto chileno em sua maioria, foram financiados por consórcios entre vários países incluindo o Brasil (o SOAR é onde temos maior participação e o GEMINI é o maior telescópio).

Para se mudar algo e melhorar nossa relevância internacional nas pesquisas físicas necessitamos de um plano de ataque cujo alvo sejam as crianças (ou seja, nada de imediatismo). Só elas podem ser afetadas para que algo se torne comum em suas vidas naturalmente, assim como aparatos tecnológicos os são comuns, a ciência também pode. Naturalmente algo do dia a dia delas deveria fazer parte da mudança e se acostumar com a ciência também, como por exemplo a TV. Mas convenhamos que isso seria praticamente impossível, tendo em vista que a TV visa lucro com anúncios e imaginam que seus telespectadores preferem não pensar. Portanto quando a população pedir ciência eles darão. Mas o inverso é praticamente impossível.

Grupos amadores de astronomia deveriam sensibilizar as prefeituras de suas cidades para a construção de pequenos observatórios, que possuem baixo custo e podem criar um ponto turístico. Em cidades pequenas professores de física e matemática aposentados poderiam se responsabilisar pelo observatório. Em cidades grandes professores e pesquisadores da área poderiam fazê-lo. Com este pequeno poderio seremos capaz de instigar, incentivar e duvilgar o conhecimento para todos e as boas conseqüências serão inevitáveis.