quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Telescópio Espacial HUBBLE: Imagens que Valem Bilhões e Bilhões

Em 1990 era lançado para a órbita da Terra o primeiro telescópio que  não seria atrapalhado por nenhum fenômeno óptico na atmosférica, podendo captar imagens sem essa interferência. Mas o telescópio batizado com o nome do responsável por alterar nossa percepção de escala no universo com a descoberta de galáxias e a expansão do universo. Percepção essa que nos fora mais uma vez alterada brutalmente, com as estonteantes imagens que nos proporcionou, tanto por sua beleza plástica quanto seu impacto sociocultural. Porque sim, o Hubble se tornou inevitavelmente um ícone cultural, além de uma ferramenta científica. Ele estava em todas as mídias da época, e ainda está. Pois não deixou de fazer descobertas que somente ele seria capaz. A mais tocante, para mim, foi quando vi a imagem na TV da icônica  Hubble Ultra Deep Field mostrada na antológica série Cosmos, idealizada e narrada pelo astrônomo Carl Sagan.
O universo possui aproximadamente 13.8 bilhões de anos e, antes do Hubble, os telescópios terrestres não podiam ver além de galáxias há 7 bilhões de anos-luz, sendo incapazes de fornecer dados para um modelo de formação de galáxias jovens.

Imagem:  NASA, ESA, G. Illingworth, D. Magee, e P. Oesch (University of California, Santa Cruz), R. Bouwens (Leiden University), e o time HUDF09


A imagem acima foi obtida com uma técnica de fotografia bastante conhecida. Ela foi formada de várias fotografias de uma mesma região, resultando em uma superexposição. 10 anos de exposição, utilizando as imagens da antiga foto Ultra Deep Field e outras para formar a eXtreme Deep Field.
Conforme a distância que a luz percorre ela se estica. E dada a enorme distância, da ordem do tamanho do universo, as ondas de luz pendem para o espectro vermelho, tendendo a ficarem não observáveis no espectro visível aos olhos humanos. Por isso o Hubble recebeu câmeras infra-vermelhas e pôde processar a Ultra Deep Field e as posteriores imagens do céu profundo no infra-vermelho, revelando galáxias mais jovens, menores, tempestuosas e distantes.
Seu lançamento, em abril de 1990 marcou o mais significativo avanço científico em astronomia desde que Galileo apontou uma luneta para o céu noturno, quase 4 séculos antes. E graças a quatro missões de reparos e mais de 26 anos em operação, nossa visão do universo e nosso lugar nele jamais serão as mesmas.



Fontes:


Acessado em 03/11/2016


Um comentário:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

O telescópio alargiu muito a visão dos cientistas. Pena que nem toda a humanidade acompanhou essa evolução visto ter gente que até hoje nega a viagem à Lua