Saudações Astronômicas!
Finalmente vou postar algo sobre a construção desses pequenos instrumentos que, para muitos, podem ser as portas para um novo e incomensurável universo! Nesses posts sobre a trajetória completa sobre a construção de uma luneta astronômica serão expostos vários aspectos que orbitam a luneta de baixo custo, tais como finalidades, os materiais empregados e onde encontrá-los no comércio, uso e aplicações, entre outros.
Para começar, vamos falar sobre do que é feito este instrumento. A luneta caseira é constituída de uma lente objetiva (lente que capta a luz) feita numa óptica comum; canos de esgoto, um monóculo de fotografia ou uma lente de máquina fotográfica para usar como ocular (onde se vê a imagem). É isso, 2 lentes e canos, nada mais.
Percepção
Com ela, pessoa que a construiu, se não tiver conhecimento algum sobre o céu noturno e astronomia, não vai estar fazendo as coisas do modo correto. Mas por que? Por quê uma pessoa sem conhecimentos prévios de astronomia e uma experiência básica observacional não iria se maravilhar com o que exite do outro lado da porta para o novo universo? Simplesmente porque para poder se maravilhar é preciso saber o que se está vendo para entender e, somente assim, conquistar um nível a mais de percepção. Quando se consegue subir este primeiro nível, uma de euforia incontrolável nos toma as emoções.
Antes de construir
E como, então, alguém pode alcançar tal nível de percepção com poucos recursos? E mais, compartilhar com outras pessoas? A resposta possui 2 caminhos: Se você conhece ou ouviu falar de alguém já iniciado na observação astronômica, vá atrás dessa pessoa. Pergunte a ela sobre referências na área observacional e observe o céu noturno junto com essa pessoa (quanto mais pessoas, melhor!).
Agora, se você não conhece e muito menos ouviu falar de alguém que tenha um mínimo de conhecimento sobre astronomia, então mãos à obra! Você terá que descobrir o universo sozinho! Mas não se preocupe, nada que um livro, uma carta não resolvam.
No caso do livro, procure por introdução a astronomia observacional ou astronomia amadora. Uma indicação pessoal é o "Manula do Astrônomo Amador", de Jean Nicolini (http://books.google.com.br/books?id=40pEAAAACAAJ&dq=manual+do+astr%C3%B4nomo+amador).
Bom, depois do livro a carta. Esta carta é uma carta celeste, mas que pode ser substituída por um planisfério (http://www.if.ufrgs.br/~fatima/planisferio/planisferio.html), que é muito mais fácil para o iniciante que uma carta.
Com um conhecimento prévio e um planisfério em mãos, é só praticar as observações e continuar lendo sobre o assunto em revistas e na internet.
Depois de passar por estas etapas, a aquisição de um binóculo é indicada e, posteriormente de um telescópio de pequeno porte (lembrando que a luneta é uma alternativa ao binóculo ou instrumento didático para crianças e adolescentes).
Com ênfase nas experiências astronômicas do autor, este blog também dá importância às notícias mais importantes e fenômenos da astronomia e astronáutica.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Sonda detecta anel em Rea, lua de Saturno
Um grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural. A segunda maior lua de Saturno, Rea, deve possuir o tipo de formação que existe em maior escala no próprio planeta em torno da qual ela gira.
Os cientistas, que fizeram a descoberta analisando imagens recolhidas pela sonda americana Cassini, da Nasa, publicam hoje um estudo sobre o achado na revista americana "Science" (http://www.sciencemag.org/). Os autores afirmam que o trabalho ajudará a entender melhor como os planetas se formam. Os quatro maiores planetas do Sistema Solar -Júpiter, Saturno, Urano e Netuno- têm anéis, e a Terra provavelmente teve os seus antes de adquirir a Lua tal qual a conhecemos.
Grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural de Saturno
"Todos os planetas, quando estavam sendo formados, provavelmente tiveram anéis em diferentes momentos", diz Geraint Jones, astrônomo da Sociedade Max Planck, da Alemanha, um dos autores do novo estudo. "É fascinante achar um possível [anel] que ainda existe nos nossos dias em um corpo pequeno como Rea."
Segundo o pesquisador, a característica dessa lua que denunciou a provável presença de anéis foi o fato de a Cassini não ter conseguido detectar muitos elétrons ao seu redor.
Rea fica dentro do campo magnético produzido por Saturno, que aprisiona elétrons e íons (partículas eletricamente carregadas). Por causa disso, os pesquisadores esperavam ver um rastro de elétrons perto da superfície da lua, à medida que ela os fosse absorvendo. Mas não foi o que aconteceu.
Os elétrons, afirmam os cientistas, desapareciam muito aquém do esperado, como se algo os estivesse bloqueando. Um anel de poeira e pedregulhos é a explicação mais plausível para o fenômeno, diz Jones.
"Há evidência de que algo está absorvendo elétrons ao redor dessa lua", diz o astrônomo.
"Um disco de fragmentos ao redor dessa lua é a explicação mais simples que podemos obter e que se encaixa nos dados que nós temos."
O anel provavelmente se formou quando um corpo menor se chocou com Rea. O impacto teria levantado uma trilha de escombros que começou a orbitar a lua, diz Iannis Dandouras, cientista planetário no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) da França, que também assina o estudo na "Science".
Os cientistas, que fizeram a descoberta analisando imagens recolhidas pela sonda americana Cassini, da Nasa, publicam hoje um estudo sobre o achado na revista americana "Science" (http://www.sciencemag.org/). Os autores afirmam que o trabalho ajudará a entender melhor como os planetas se formam. Os quatro maiores planetas do Sistema Solar -Júpiter, Saturno, Urano e Netuno- têm anéis, e a Terra provavelmente teve os seus antes de adquirir a Lua tal qual a conhecemos.
Grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural de Saturno
"Todos os planetas, quando estavam sendo formados, provavelmente tiveram anéis em diferentes momentos", diz Geraint Jones, astrônomo da Sociedade Max Planck, da Alemanha, um dos autores do novo estudo. "É fascinante achar um possível [anel] que ainda existe nos nossos dias em um corpo pequeno como Rea."
Segundo o pesquisador, a característica dessa lua que denunciou a provável presença de anéis foi o fato de a Cassini não ter conseguido detectar muitos elétrons ao seu redor.
Rea fica dentro do campo magnético produzido por Saturno, que aprisiona elétrons e íons (partículas eletricamente carregadas). Por causa disso, os pesquisadores esperavam ver um rastro de elétrons perto da superfície da lua, à medida que ela os fosse absorvendo. Mas não foi o que aconteceu.
Os elétrons, afirmam os cientistas, desapareciam muito aquém do esperado, como se algo os estivesse bloqueando. Um anel de poeira e pedregulhos é a explicação mais plausível para o fenômeno, diz Jones.
"Há evidência de que algo está absorvendo elétrons ao redor dessa lua", diz o astrônomo.
"Um disco de fragmentos ao redor dessa lua é a explicação mais simples que podemos obter e que se encaixa nos dados que nós temos."
O anel provavelmente se formou quando um corpo menor se chocou com Rea. O impacto teria levantado uma trilha de escombros que começou a orbitar a lua, diz Iannis Dandouras, cientista planetário no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) da França, que também assina o estudo na "Science".
terça-feira, 4 de março de 2008
Júpiter, Luneta e Atmosfera
Saudações!
Terça-Feira, 04/03 => Observação de Júpiter entre 05:35 e 05:45h. Não fosse o espalhamento da luz do Sol pela atmosfera terrestre, talvez eu tivesse visto alguma das luas do gigante gasoso. Talvez meus olhos estivessem ofuscados pela poluição luminosa, não sei. Ou pode simplesmente não ser possível enxergar alguma das luas jupiterianas com este refrato caseiro. O fato é que para um posterior teste precisarei de um local mais escuro, longe da poluição luminosa das cidades, para tirar alguma conclusão definitiva.
Vênus ainda não foi possível enxergar devido a minha localização. Existem construções obstruindo a visão.
No mais, os testes para este refletor estão suspensas para planetas, porém continuarei com outras nebulosas e aglomerados.
Terça-Feira, 04/03 => Observação de Júpiter entre 05:35 e 05:45h. Não fosse o espalhamento da luz do Sol pela atmosfera terrestre, talvez eu tivesse visto alguma das luas do gigante gasoso. Talvez meus olhos estivessem ofuscados pela poluição luminosa, não sei. Ou pode simplesmente não ser possível enxergar alguma das luas jupiterianas com este refrato caseiro. O fato é que para um posterior teste precisarei de um local mais escuro, longe da poluição luminosa das cidades, para tirar alguma conclusão definitiva.
Vênus ainda não foi possível enxergar devido a minha localização. Existem construções obstruindo a visão.
No mais, os testes para este refletor estão suspensas para planetas, porém continuarei com outras nebulosas e aglomerados.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Testes com Luneta caseira II
Segunda-Feira 03/03 => Observação de Saturno entre 22:35 e 23h. Os anéis foram perfeitamente visíveis com o refrator cuja graduação da lente mede 0,75. Com uma ocular de distância focal de 4cm e outra de 2cm, ambas serviram bem. Embora a de 4cm seja de melhor qualidade, a maior aproximação da outra resultou numa imagem mais satisfatória (ambas são lentes de máquinas fotográficas). Lembrando que Saturno se encontra na constelação de Leão.
O próximo teste para a Luneta caseira será Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com esta observação pretendo ver suas 4 maiores luas. Júpiter se encontra na constelação de Sagitário.
O próximo teste para a Luneta caseira será Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com esta observação pretendo ver suas 4 maiores luas. Júpiter se encontra na constelação de Sagitário.
sábado, 1 de março de 2008
Testes com Luneta caseira
Saudações astronômicas!
Na noite de sábado 01/03 realizei obervações de Saturno entre 22 e 23 horas. A luneta utilizada foi a de objetiva cuja graduação é de 0,75. A imagem do gigante gasoso foi o esperado para mim: uma pequena esfera amarelada com um sutil anel em volta. No entanto é preciso paciência para conseguir enxergá-lo com perfeição. Devido à aberração cromática, somente em alguns pontos da ocular consegue-se vê-lo com um mínimo de aberração.
Também observei Marte, porém sem muitas expectativas. E elas estavam corretas: a ocular somente revelou um ponto avermelhado deformado pela aberração cromática.
Terminei a noite com um olhadela na nebulosa de Órion e a visão foi a melhor possível devido ao grande campo de visão da ocular utilizada.
A conclusão a que cheguei é de que para um observador iniciante e empolgado que construiu seu próprio aparelho, a visão mesmo que sutil dos anéis de Saturno é orgasmática. Porém para um não iniciado crédulo, a Lua é sem dúvida a única opção.
Em breve postarei observações com Vênus e Júpiter, que somente estão aparecendo pela manhã.
Na noite de sábado 01/03 realizei obervações de Saturno entre 22 e 23 horas. A luneta utilizada foi a de objetiva cuja graduação é de 0,75. A imagem do gigante gasoso foi o esperado para mim: uma pequena esfera amarelada com um sutil anel em volta. No entanto é preciso paciência para conseguir enxergá-lo com perfeição. Devido à aberração cromática, somente em alguns pontos da ocular consegue-se vê-lo com um mínimo de aberração.
Também observei Marte, porém sem muitas expectativas. E elas estavam corretas: a ocular somente revelou um ponto avermelhado deformado pela aberração cromática.
Terminei a noite com um olhadela na nebulosa de Órion e a visão foi a melhor possível devido ao grande campo de visão da ocular utilizada.
A conclusão a que cheguei é de que para um observador iniciante e empolgado que construiu seu próprio aparelho, a visão mesmo que sutil dos anéis de Saturno é orgasmática. Porém para um não iniciado crédulo, a Lua é sem dúvida a única opção.
Em breve postarei observações com Vênus e Júpiter, que somente estão aparecendo pela manhã.
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